Sabe, quando eu olho para o passado eu sorrio com lágrimas nos olhos.

Porque só de saber que houve um tempo em que eu não me importava com nada, que eu não via os problemas que a vida colocava na minha frente, só de saber que eu fui uma criança me faz feliz. Porém me deixa com um certo medo; medo de pensar que agora estou me tornando adulta, que as minhas decisões, as minhas escolhas vão ter uma consequência caso for a errada... Tudo deve ser muito bem analisado, estar no modo perfeito, para que mais pra frente, eu apenas colha as coisas boas que eu cultivei e não as ruins... Olhar para o passado e não ficar com os olhos cheios de lágrimas é difícil, pois ficou para trás muita coisa que já me fez feliz um dia, mas que sei que se hoje ainda estivesse comigo não seria a mesma coisa. Sinto falta das pessoas que perdi, mas estou feliz por elas terem passado na minha vida. Nunca vou me esquecer de nenhum deles, pois estão todos dentro da minha caixa de memórias. Só espero que eles se lembre de mim também.

Eu vivo sempre buscando novos caminhos, novos horizontes, novas metas... Vivo sempre buscando o novo; porque não gosto da mesma coisa por muito tempo. Estou em constante mudança de mim mesma. Pois é, deve ser estranho. Eu cansei de acreditar e ficar sonhando com contos de fadas no qual um príncipe lindo virá me salvar e vamos nos apaixonar.. Não quero isso! Não! Porque eu não gosto disso! Gosto do diferente, gosto daquilo que é meu, e na maioria das vezes gosto do que eu crio... Cada um tem seu gosto, mas cada um tem a sua personalidade também né. Deve ser por isso que acabo afastando as pessoas, pelo motivo de eu viver em mudança que ninguém para na minha vida, pois eu não permito. Mas o mais engraçado de tudo isso é que sou eu quem chora á noite por me sentir culpada por amar somente a minha mãe e ninguém mais; sou eu quem me sinto egoísta por estar sempre gravando cada vírgula errada que as pessoas me falam e estar sempre procurando um modo de atingir aquela pessoa também... Este é o meu defeito. Ou talvez seja uma coisa boa, não sei. Achar que quando um pode, o outro também passa a ter direitos.